Além do silêncio da noite

Olho em seus olhos
Vejo duas cascatas de águas cristalinas
Sinto um fogo por dentro
Uma vontade louca de te beijar

Suas mãos me tocam
Seu corpo estando ao meu
Como um só ser
Uma só alma

Um só segundo te tenho
Um só segundo e nada mais
Abro os olhos
E não vejo mais nada
Além do silêncio da noite

sábado, 11 de agosto de 2012

Sou um nada

Sofro, choro, penso
Que sentido tem o existir
A tragédia tomou conta do meu ser
O sonho acabou
Eu me vi em meio a solidão
Descobri que nada sou
Além de cinzas

Mergulho no vazio que me apavora
Mas o pulso ainda pulsa
Estou viva, eu sei

Sei que nada sou
Sei que o nada é que me restou
Mas o pulso insiste em pulsar

Insisto
Persisto
Procuro com tudo isso acabar
Mas o pulso insiste em pulsar

Vegeto na profunda ilusão de que existo
Sou um nada
um nada
nada

Nenhum comentário: